O Superlimão assina o projeto de arquitetura do Apartamento Piauí, de 350 m², que leva no nome a referência a rua em que está situado, no tradicional bairro de Higienópolis. Reformado para um casal e seus três filhos, o projeto reflete o apreço dos moradores pela arte e pelo convívio.
Respeitando a arquitetura existente e elementos originais do prédio, construído nos anos 70, o projeto Superlimão eliminou boa parte da compartimentação original dos ambientes, abrindo espaço para a passagem da luz natural, além de reaproveitar o buraco das grelhas para construir um novo sistema para o ar-condicionado dutado existente. O piso em taquinhos de madeira foi recuperado, as vigas e tubulações foram expostas, e o mármore travertino foi reaproveitado para criar o efeito de granilite expandido no piso. Na cozinha, manteve-se a ilha em inox, com um complemento em pedra.
As janelas são generosas em todo o perímetro do apartamento, e trazem para o dia a dia o visual arborizado do Parque Buenos Aires.
Em uma das extremidades da sala de estar, a marcenaria desenhada pela equipe de design Superlimão delimita uma das principais demandas dos clientes: um escritório, onde o morador trabalha, faz reuniões e lê os livros da sua coleção. As portas de correr, com fechamento em vidro canelado, permitem que o espaço se isole ou se integre à sala de estar.
Do lado oposto, atrás da porta mimetizada, fica o home theater, xodó da família. Assim como em todo o apartamento, a tecnologia de ponta aparece por aqui: automação, sistema de som integrado e um Centro de Processamento de Dados. É neste ambiente que fica também a adega climatizada e o bar.
A área privativa é formada por uma suíte para o casal e três quartos para os filhos, todos eles projetados para refletirem a personalidade dos moradores. Na suíte do casal, materiais naturais como madeira e palha combinam com a paleta clara para criar atmosfera de descanso e aconchego, e dão destaque para as texturas dos tijolinhos e concreto aparentes.
Os quartos dos adolescentes, por outro lado, têm estilo mais marcante, como o painel em serralheria e mobiliário em tons escuros para uma das filhas, no auge da adolescência, e a suíte com pegada minimalista japonesa, com destaque para a cama tatame e piso revestido de palha de arroz. Além disso, o banheiro foi projetado com uma porta de correr e revestido com seixo telado de pedra natural no piso.
A coleção de obras de arte é um dos grandes orgulhos dos moradores. De clássicos de Alfredo Volpi a obras do artista indígena Jaider Esbell, o acervo está distribuído por todos os ambientes. Dessa forma, atribuiu-se ao corredor de acesso aos quartos ares de galeria de arte, com tijolos à vista e um banco em concreto de fora a fora. Um dos principais destaques dessa área foi a descoberta durante o descascar da parede: a cinta curva de concreto, que revela as formas da escada interna do edifício.
Na paleta de cores predominam tons claros para as paredes. Cores mais intensas aparecem em pontos específicos, como nas pedras do hall principal e nos ladrilhos do piso do lavabo, refletidos no teto.
